Pingo Final: Jamais aceitaria uma cadeira na arapuca que é o conselho da Petrobras

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2015 13h22

Meu pringo final vai para a Petrobras. O governo já consultou vários executivos e ex-executivos para integrar o conselho da empresa. O que antes era uma distinção, um reconhecimento, virou um fardo. Eles já avisaram que só aceitam conversar depois que a estatal divulgar o seu balanço, reconhecendo as perdas decorrentes da corrupção.

Na mira do governo estão Henrique Meirelles, Josué Gomes da Silva, Beto Cicupira, Nildemar Segs, Rodolfo Landim e Antônio Macião Neto. Todos eles são oriundos do setor privado, que substituiriam políticos com cargo. Isso concorreria aposta-se para recuperação da credibilidade.

O atual conselho, diga-se, reúne-se nesta terça para divulgar o balanço referente ainda a terceiro trimestre de 2014. Que coisa, não?! Já houve um tempo em que a Petrobras é que era um galardão a altos executivos da iniciativa privada. Era quase como integrar um grupo de sábios. Hoje em dia, as pessoas estão querendo garantias de que seus respectivos nomes não serão tisnados pela politicagem.

Jamais ocorreria, mas deixo claro: se me convidassem, não aceitaria nem que um acento no conselho viesse junto com um pote de ouro dado por dentro e com recibo. A legislação que fez da Petrobras uma arapuca e um valhacouto segue sendo a mesma. Com os marcos legais atuais, não toparia função nem que em sua diretoria tivessem apenas monges franciscanos, especialistas em petróleo, mas com voto de pobreza.

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