Pingo Final: quarta-feira aziaga evidencia que coordenação política de Dilma descoordena…

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 08/10/2015 12h44
BRASÍLIA, DF, 02.10.2015: GOVERNO-MINISTÉRIOS - A presidente Dilma Rousseff anuncia nesta sexta-feira (2) no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a reforma ministerial do governo. (Foto: Renato Costa/Frame/Folhapress) Renato Costa/Frame/Folhapress Presidente Dilma Rousseff anuncia corte de 8 dos 39 ministérios

Olhem… Que quarta-feira, hein? Vamos ver!

– O governo não conseguiu quórum para votar os vetos presidenciais;
– O STF negou liminar para suspender sessão do TCU;
– o tribunal rejeitou por unanimidade a suspeição de Augusto Nardes;
– relatório recomendando a rejeição das contas foi aprovado por unanimidade;
– peemedebistas foram a Michel Temer para dizer que a reforma ministerial não os representa.

E tudo isso aconteceu depois que o governo deu início a uma dança de cadeiras nos ministérios que tinha como objetivo, como é mesmo?, recompor a base de apoio, pacificar o PMDB, isolar os descontentes etc.

E tudo isso aconteceu depois que se anunciou que o Brasil estava sob nova direção e que, agora, quem dá as cartas é a sabedoria de Lula, tendo como esbirro o, como é mesmo o nome do rapaz?, Leonardo Picciani, aquele que rima com Eduardo, o Cunha, mas continua a não ser a solução.

E tudo isso aconteceu depois que os novos magos do Planalto, Ricardo Berzoini e Jaques Wagner, estão dando as cartas na coordenação política, imantados pelos mesmos supostos dotes sobrenaturais de Lula, o Poderoso Chefão da Armata Brancaleone.

Note-se que a investida da Advocacia-Geral da União contra o TCU já se deu sob essa nova gestão, sob esse novo comando.

O revés no tribunal, como já disse, foi a maior derrota do petismo em 13 anos, e a investida do Planalto contra o tribunal, o maior erro político cometido por Dilma — até então, tinha sido a sua determinação de derrotar Eduardo Cunha na disputa pela Presidência da Câmara.

É espantoso! Não apareceu ninguém para lhe dizer: “Presidente, melhor não atacar o tribunal. A tendência, como escreveu e falou Reinaldo Azevedo — sim, eu escrevi! —, é que todos se solidarizem com o relator”. Não apareceu ninguém para lhe dizer: “Presidente, o que nos cabe é lutar no Congresso para rejeitar o relatório, e não desqualificar o tribunal”.

Não tem jeito! Com Dilma, hoje é sempre pior do que ontem e será sempre melhor do que amanhã.

Torço para que ela ainda encontre a sua vocação. Longe de nós.

Por Reinaldo Azevedo

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