Delação de Melo Filho complica Padilha e, de roldão, o presidente Michel Temer

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2017 08h43
EFE Michel Temer e Eliseu Padilha EFE

A comentarista Vera Magalhães destaca a delação de Claudio Melo Filho, que citou o empresário José Yunes em suposto recebimento de dinheiro vivo em seu escritório, na zona sul paulista.

No depoimento, o ex-executivo da empreiteira afirmou que participou de jantar no Palácio do Jaburu com Marcelo Odebrecht, Temer e Eliseu Padilha.

Neste momento, segundo o delator, Temer havia pedido apoio financeiro ao PMDB na campanha de 2014. Melo Filho disse que pagaria R$ 10 milhões, sendo que deste valor, R$ 4 milhões ficariam sob responsabilidade do agora ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

De acordo com a delação, um dos pagamentos foi feito na sede do escritório de advocacia de Yunes, no Jardim Europa, zona sul de São Paulo.

Dos R$ 4 milhões, R$ 1 milhão foi repassado no escritório do empresário, segundo esclarece Vera Magalhães.

“O depoimento complica Eliseu Padilha e, de roldão, o presidente Michel Temer”, diz Vera. Segundo ela, uma eventual acareação entre Yunes e o delator irá deixar claro se Yunes foi uma “mula involuntária” ou se sabia o conteúdo do “documento” ou “pacote”.

Vera Magalhães destaca que Eliseu Padilha sai mais complicado da história por conta da citação nominal: “é mais um peemedebista enrolado”.

Quanto ao presidente Michel Temer, há reflexos de sua amizade com Yunes. “Estiveram juntos ontem. São amigos há décadas. Yunes está sempre junto com presidente. Não dá para dizer que não conhece muito bem. Se ele disse que contou ao presidente, ele enfraquece a versão de que Temer não sabia de nada. Lucio Funaro falou disso, Claudio Melo falou disso e Cunha usou isso como argumento usou. Fragiliza o presidente Michel Temer”, diz.

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*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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