Relator vai recomendar a cassação da chapa Dilma-Temer

  • Por Jovem Pan
  • 16/05/2017 08h40
EFE/Fernando Bizerra Jr. Michel Temer e Dilma Rousseff - EFE

O relator da ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, vencedora da eleição presidencial em 2014, vai recomendar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação da dupla. Seguindo jurispudência do próprio tribunal, o ministro Herman Benjamin entende que Dilma e Temer são indissociáveis e de que há indícios de que ambos se beneficiaram de irregularidades na campanha, como o aporte de doações ilegais. As informações são da colunista Jovem Pan Vera Magalhães.

O vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino reforçou o mesmo entendimento, pela cassação da chapa, em suas alegações finais no processo.

Agora, a ação está pronta para ir à pauta plenária. Depende apenas do presidente do TSE, o ministro Gilmar Mendes, pautar o dia em que será julgado o processo que pode destituir Temer do cargo. Mendes está em viagem a São Petersburgo, na Rússia, e deve analisar o caso apenas na quinta-feira (18).

Defesa muda o tom

Já há interlocutores de Temer defendendo que a ação no TSE vá à pauta o quanto antes. O entendimento leva em conta que o presidente peemedebista já teria a maioria de votos no tribunal para contrariar o voto do relator e, assim, cassar apenas Dilma, alegando que Temer não teria controle da parte financeira da campanha.

Para interlocutores do presidente, a tendência é de um placar de 5 a 2 pró-Temer no TSE.

A tese contraria a estratégia anterior da defesa do presidente, que pretendia pressionar pelo retardamento do julgamento o máximo possível. Por isso, a nova possibilidade (de julgar o quanto antes) não tem a concordância de todos os aliados de Temer. Ele mesmo não tem a certeza de que essa é a melhor tese.

Caso Gilmar Mendes mande logo o processo ao plenário, o rito sumário será decidido já na próxima quinta-feira da semana que vem (25). Caso isso não aconteça, o julgamendo deve ficar apenas para o segundo semestre, como era a tendência até agora.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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