Condução de blogueiro não atenta contra a liberdade de imprensa

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2017 08h42

Eduardo Guimarães MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO AE - Eduardo Guimarães

O blogueiro Eduardo Guimarãos não é jornalista. É comerciante, como ele próprio vive lembrando, além de militante do PCdoB. Por não ser jornalista, ele não tem fontes. Tem cúmplices, amigos, camaradas, comparsas, todos interessados na divulgação de qualquer material que sirva aos objetivos da seita que venera Lula.

Por não ter fontes, não foi para identificar alguma delas que a Polícia Federal o levou para depor nesta terça-feira (21). O que a polícia queria saber era o que tinha a dizer Eduardo Guimarães sobre sua participação no esquema criminoso que procurou obstruir a Justiça no caso da Operação Aletheia, aquela que, entre outras ações, acordou o ex-presidente Lula com batidas inconfundíveis na porta às 6h.

O blog de Guimarães foi o primeiro a divulgar, e com antecedência, a condução coercitiva do ex-presidente. Mas antes de chegar aos poucos leitores do blog, essa notícia chegou a quadrilheiros na mira da Polícia Federal. E isso não é coisa de jornalista. Isso é coisa de gente capaz de escrever o que ele publicou no dia 21 de junho de 2015, por exemplo: “os delírios de um psicopata investido de um poder discricionário, como Sergio Moro, vão custar o seu emprego e a sua vida”.

Isso é uma clara ameaça de morte.

Tudo somado, a condução coercitiva de Eduardo Guimarães tem tanto a ver com o atentado à liberdade de imprensa, quanto a proibição de cantorias em um botequim aberto às 4h da madrugada.

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