Desculpe o transtorno, mas precisamos falar de Cunha

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2016 14h31
BRA105.BRASILIA(BRASIL), 12/09/2016.- El expresidente de la Cámara Baja de Brasil Eduardo Cunha habla hoy, lunes 12 de septiembre de 2016, durante la votación para decidir si se le despoja de su mandato en Brasilia (Brasil). Cunha dirigió esa casa legislativa hasta julio pasado. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Eduardo Cunha discursa na sessão que definiu a sua cassação da Câmara dos Deputados

Desculpe o transtorno, mas ainda precisamos falar sobre Eduardo cunha.

A cassação de Cunha pelos acachapantes 450 votos contra 10 mostra que ele saiu das páginas da política para entrar definitivamente nas policiais pelas mãos de Sergio Moro.

A cassação de Eduardo Cunha mostra avanços institucionais no Brasil. Antes essas sessões de cassação se davam por voto secreto. Muitos políticos escaparam do cadafalso com base nessa pegadinha.

Foi assim com João Paulo Cunha e Renan Calheiros umas tantas vezes. A não ser que o político fosse muito mal relacionado na casa, como foi o caso de Roberto Jefferson, ele invariavelmente escapava ileso das cassações.

O voto aberto trouxe luz a esse processo. Eduardo Cunha, antes todo poderoso e muito bem relacionado, teria certamente escapado da degola se o voto ainda fosse secreto. Ainda mais com o que sabe de cada um ali dentro.

Resta saber se essa vingança virá pelas páginas do tal livro que ele diz que vai escrever ou por uma tão esperada delação premiada.

O fato é que cunha saiu muito menor do episódio e a Câmara, muito maior.

O voto aberto foi, assim, consagrado.

STF deve remeter o caso de Cunha para as mãos de Sergio Moro. Ele espera ser preso ou ter a prisão pedida muito em breve. Isso pode acelerar a vingança.

Muitos capítulos ainda vêm aí. Todos eles em sessão aberta.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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