Desqualificar STF e MPF é algo gravíssimo que deve ser repudiado

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2016 08h39
Rio de Janeiro - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, visita Cartório Eleitoral de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Gilmar Mendes - AGBR

Ministro do Supremo Tribunal Federal ordena que a Câmara vote novamente o pacote original das medidas anticorrupção.

Indignado com a liminar de Luiz Fux, Gilmar Mendes disse que o colega deveria fechar o Congresso e dar a chave ao procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Marco Antonio Villa comenta: a situação é cada vez mais grave. Um ministro atacando o outro publicamente, algo que desconheço em países democráticos.

Semana passada Mendes já havia feito declarações duríssimas, desqualificando o ministro Marco Aurélio.

A gente sabe que fechar o Congresso é Ditadura. A gente sabe que o Ministério Público não quer ditadura. O MPF quer limpar o Brasil da corrupção

O que acontece é que há setores em Brasília ponderáveis, poderosos e ricos que não querem que a Lava Jato vá até o final. Há uma tentativa de limitação em uma grande conspiração que envolve os poderes Executivo, Legislativo, e setores do Judiciário.

É a maior crise da história da República. A coisa vai se agravar e essa declaração de Mendes é muito grave.

Se discordar, o ministro deve se manifestar nos autos da liminar, do processo, da ação.

O que não pode é usar a imprensa para desqualificar o STF e o Ministério Público. Isso é gravíssimo e deve ser repudiado por todos os democratas.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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