Estabilidade mostrada em pesquisa é boa notícia para Aécio

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2014 11h26

Reinaldo, a pesquisa Ibope demonstrou estabilidade na disputa. Por que você diz que foi uma boa notícia para Aécio?

Vou explicar. Olá, internautas e amigos da Jovem Pan. Vieram a público na noite desta quinta os dados de uma nova pesquisa Ibope/Rede Globo. Se a eleição fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff teria 38% das intenções de voto, mesmo índice da pesquisa divulgada no dia 27 do mês passado. O tucano Aécio Neves está em segundo lugar, com 23% ― oscilando um ponto para cima. Eduardo Campos, do PSB, aparece agora com 9% ― na anterior, tinha 8%. Pastor Everaldo, do PSC, segue com 3%. Os demais candidatos, juntos, têm 3%. Somados, os adversários de Dilma chegam a 38%, o mesmo índice da candidata. Por esses números, não seria possível afirmar se haveria ou não segundo turno. Tudo indica que sim porque a diferença vinha caindo; agora não existe mais.

Na simulação de segundo turno, diminuiu a distância entre Dilma e Aécio, ainda que dentro da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos. Há dez dias, ela venceria o tucano por 41% a 33% ― oito de diferença. Agora, ela tem 42%, e ele, 36%. Seis pontos apenas os separam. A distância entre a petista e Campos segue sendo a mesma, com números distintos, já que os dois avançaram. Na pesquisa anterior, ela o bateria por 41% a 29%; agora, por 44% a 32%.

É claro que o resultado é positivo para Aécio, especialmente porque os petistas apostaram todas as fichas na história do aeroporto de Cláudio. Pode-se indagar até onde a avalanche de notícias a respeito impediu que ele crescesse ainda mais. Uma coisa, no entanto, é certa: não tirou os votos que já tinha. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-308/2014.

A opinião dos brasileiros sobre o governo pode ter melhorado um pouquinho, bem pouquinho. Segundo o Ibope, há 10 dias, 44% aprovavam o modo como Dilma governa o país; agora, são 47%. Os que desaprovavam eram 50%; são, agora 49%. De todo modo, a reprovação segue sendo maior do que a aprovação.

Em julho, 31% diziam que o governo era ótimo ou bom; desta vez, 32%. Consideravam-no apenas regular 36%, ante 35% agora. O governo é ruim ou péssimo para 31%; no mês passado, eram 33%. Os números se movem na margem de erro.

Dilma não tem muito o que comemorar. Os tucanos podem, sim, considerar satisfatório o resultado. O noticiário negativo das duas últimas semanas não parece ter arranhado a credibilidade de Aécio junto àqueles que já haviam demonstrado a disposição de votar nele. Muito provavelmente, dados os números, ele ganhou eleitores novos. De resto, a pesquisa aponta que o segundo turno é uma realidade ainda mais palpável e que a distância entre a petista e o tucano continua a cair.

 

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