Movimento na Câmara pode fomentar saída oficial do PSDB da base de Temer

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2017 14h00
Brasília- DF 16-06-2016 Presidente interino, Michel Temer, durante pronunciamento a imprensa. Foto Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT Michel Temer - Agência PT

Dois importantes líderes tucanos disseram à colunista Jovem Pan Vera Magalhães que o apoio a Michel Temer está se tornando “insustentável” e deverá ser rediscutido ainda nesta semana, antes da votação da denúncia contra o presidente. O PSDB da Câmara, segunda bancada da base em número, já está em oposição franca a Temer. Isso agora pode se estender ao partido de maneira institucional.

Isso se deve aos termos duríssimos e acusações gravíssimas presentes na denúncia apresentada por Rodrigo Janot contra o presidente Temer.

A Procuradoria avaliou que o dinheiro recebido por Loures se destinava ao presidente e seria apenas uma parcela de uma propina de R$ 38 milhões, referentes a ajuste de negócio da JBS com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A PGR diz também que o presidente teria dado o aval e incentivado o pagamento de mesada a Eduardo Cunha na prisão. Esse trecho consta em relatório que deverá fundamentar uma segunda denúncia de obstrução à Justiça e chama Temer e seus aliados de “comparsas”.

A situação de Temer fica muito agravada, mesmo em relação a segunda-feira, quando o líder do PSDB na Câmara disse à Jovem Pan que sente que “a maioria, senão a totalidade dos deputados votará pela admissibilidade da matéria (denúncia)”.

Enquanto alguns partidos tentam manobra desesperada de tirar da CCJ os deputados contrários ao presidente, o PSDB da Câmara faz o movimento inverso, de tirar da comissão quem é a favor de Temer. A Comissão de Constituição e Justiça é a primeira a dar um parecer sobre a denúncia apresentada por Janot.

Se o PSDB desembarcar do governo oficialmente, a situação do presidente se torna cada vez mais delicada.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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