Nêumanne diz o que o direito de defesa tem a ver com o regime das águas

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2014 21h35

Nêumanne, o que é que o regime das águas tem a ver com o direito de defesa?

Pois é, a presidente Dilma Rousseff foi ao Pará naquelas obras em que são misturadas a agenda do governo e da campanha – isso não dá pra distinguir mesmo, não fico aqui querendo descobrir pelo em ovo, porque a presidente se divide em duas: a presidente e a candidata. Muito embora que em nenhum momento ela se comportou como presidente, apenas como candidata. E é um candidata de difícil entendimento.

A presidente e candidata Dilma Rousseff disse, a respeito das usinas hidrelétricas nas quais ela foi gravar programas para a campanha eleitora, a seguinte pérola, para a sua coleção que está ficando enorme: “É muito difícil hoje você estabelecer hoje o impacto que a tarifa terá porque depende. Temos regime hidrológico muito sensível à agua, não somente em termos de quantidade de energia disponível, mas em termos de preço. Se você tiver a hidrologia extremamente favorável, o preço da energia cai muito. Já vi hidrologia que despenca o preço a quatro, seis ou oito reais. Fazer estudos é fazer suposições, não é estudo matemático – você soma dois com dois e dá quatro -, tem que fazer suposições a respeito da conjuntura”.

Fecho aspas, bato palma e fico lembrando que hidrologia tem mesmo a ver com água. Hidro vem do grego, água, logia é conhecimento, conhecimento da água. O conhecimento da presidente sobre água parece tão extenso que, quando houve aquela enchente em Santa Catarina, ela louvou o uso de barcos de fibra ótica do Exército para atender os flagelados. Ora, fibra ótica é um filamento extremamente fino, flexível, moderno, feito de vidro ultra-puro, plástico ultra-isolante elétrico para conduzir luz. Aí a presidente já está chegando no fim da hidrologia, que é a produção de eletricidade.

Esse pessoal do PT está fazendo realmente uma revolução, mas uma revolução na sintaxe.

O deputado André Vargas, enrolado até o osso com o Yousseff, o Alberto Yousseff, o doleiro, recusou-se a se defender na Comissão de Ética da Câmara porque se sente prejudicado em seu direito de defesa. Não é mesmo uma gracinha?

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