O que são dois reais perto dos bilhões da JBS?

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2017 12h25
EFE/Joédson Alves Protesto contra a corrupção em frente ao Congresso Nacional

O que já está ruim sempre pode piorar. A única certeza dentro da profunda crise que o Brasil atravessa é que hoje está melhor que amanhã.

A cada dia que passa vem à tona mais um fato escabroso, um escândalo cuja consequência é uma sangria de milhões e bilhões dos cofres públicos.

A cada semana que começa, só temos a certeza de que não temos a menor certeza de como a semana vai acabar.

Mas esse processo não tem volta. Temos de prosseguir. Parar, desistir, deixar tudo como está já não é mais uma alternativa. Se desejamos voltar à superfície, temos de continuar indo até o fundo do poço. Já está custando caro para o País e ainda vai custar muito mais caro.

Mas o sacrifício tem que valer a pena. Eles, e nós sabemos bem quem eles são, nos colocaram nesse buraco. E nós vamos ter de sair sozinhos dele.

Vai ser um aprendizado e tanto para a sociedade brasileira.

Neste fim de semana, parei o carro numa vaga pública. A hora estacionada custa R$ 2. O funcionário que veio me cobrar o tíquete, jovem ainda, sugeriu que eu lhe pagasse o estacionamento, mas depois lhe devolvesse o tíquete. Assim, ele poderia utilizar o mesmo tíquete outras vezes, embolsando a grana.

Uma singela maracutaia. Afinal, o que são dois reais perto da JBS?

Olhei nos olhos do rapaz e sugeri: “vem cá, meu filho. Por que não fazemos as coisas direito. Você preenche o tíquete corretamente, eu pago o que tem que ser pago e começamos juntos, agora, a construir um Brasil melhor?”

O garoto disse: “O sr. tem toda a razão”.

Em seguida, apertamos as mãos solidários.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.