Para que o Brasil precisa de embaixada na Guiné Equatorial?

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2017 08h11

O presidente Michel Temer e o Presidente da Guiné Equatorial Wilson Dias/Agência Brasil ABR - O presidente Michel Temer e o Presidente da Guiné Equatorial

Para que o Brasil precisa de embaixada na Guiné Equatorial, ademais uma ditadura? A que interesses respondeu a política de expansão diplomática dos governos de Lula? Melhor perguntando: aos interesses de quem tal movimento agradou?

Foram espantosas 44 as embaixadas brasileiras criadas entre 2003 e 2010, segundo levantamento. Além de na Guiné Equatorial, o Brasil implantou representações em potências africanas como Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Libéria e Serra Leoa, países que, em comum, têm – para ser generoso – instituições instáveis e poucos compromissos com a estabilidade democracia.

Por quê?

Especialistas dizem que boa parte das 44 embaixadas foi criada por motivos políticos – para cabalar votos em postos da ONU, por exemplo – ou ideológicos. Não tenho dúvida. Ocorre que o conhecido imperialismo brasileiro na África, joia do lulopetismo, sempre teve patrocinadores fortes – como bem demonstram Angola e Moçambique. De modo que não seria mau apurar quais empresas brasileiras estão implantadas nesses países e quem são seus principais lobistas? Eu começaria pela Guiné Equatorial – que, aliás, foi enredo e patrocinou o desfile vencedor da escola de samba Beija-Flor em 2015.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.