Prefeitura de São Paulo acolhe Eduardo Suplicy

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2015 12h06

Reinaldo, então a Prefeitura de São Paulo virou cabidão de petista desempregado pelo povo?

Coitada da cidade de São Paulo! Virou mesmo cabide de petista desempregado pelo povo. O eleitor rejeita, Fernando Haddad, o prefeito da capital, acolhe.

Eduardo Suplicy, apeado do Senado depois de 24 anos – sem que os paulistas se lembrem de um só projeto seu, a não ser o absurdo e socialmente injusto “Renda Mínima” -, vai ser o secretário de Direitos Humanos da Prefeitura. É só uma vitrine para ele se candidatar a vereador. Este exótico senhor poderá sair periferia afora de São Paulo a cantar Racionais e Bob Dylan, não é? Não venham sugerir que ele seja comediante porque sou amigo de alguns muito bons. O grande artista nessa área é capaz de dizer coisas muito sérias. E Suplicy? No meu blog há três vídeos que retratam de certo modo a trajetória do senador.

Num deles ele “declama” um trecho de uma “música” do Racionais e leva a Comissão ao riso. Parece um circo, de que Suplicy é o, digamos, “clown” amador. Num outro momento glorioso, ele lê no Senado a carta do mensaleiro José Genoino. A gente presta atenção ao que está sendo dito e até parece que o petista foi punido porque era um herói. O terceiro vídeo traz esse senhor lendo as explicações do terrorista Césare Batisti, aquele que foi condenado por três homicídios na Itália e que ficou no Brasil por obra e graça de Lula.

Quem, no PT, gosta muito de Suplicy? Haddad? Lula? Algum outro petista? Ninguém. Os companheiros o consideram maluco. Mas é ex-marido de Marta, que ainda carrega o seu sobrenome, e sua ida para uma secretaria significa, é evidente, um ato de hostilidade àquela que andou desferindo duras críticas ao partido. Notícia, ele vai gerar. Não me espanta se decidir morar pelo menos um mês nos hotéis dos viciados em crack, pagos pela Prefeitura, ou participar do “fluxo”, disfarçado de usuário da “pedra”. Setores da imprensa paulistana são viciados nesse tipo de demagogia barata.

Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo – venceu em apenas um dos 645 municípios do Estado -, será o secretário de Relações Governamentais da Prefeitura. Foi, na prática, nomeado por Lula, que também o fez candidato ao governo na base do “dedaço”. Tratou-se de uma das escolhas mais erradas feitas até hoje pelo Poderoso Chefão.

Padilha, sem dúvida, é um amigo dos amigos, não é mesmo? Lá na minha página vocês encontram um vídeo em que ele defende voto em André Vargas, aquele senhor que foi caçado pela Câmara por sua proximidade com o doleiro Alberto Yousseff.

Aliás, o contrato celebrado pela Labogen, o laboratório de fachada que o doleiro usada para lavar dinheiro, com o Ministério da Saúde teve uma testemunha importante: Padilha.

Mas vocês entendem: “amigo é coisa pra se guardar/ debaixo de sete chaves”. E Padilha é homem de muitos amigos. Um deles é o ex-deputado estadual petista Luiz Moura.

É aquele senhor que foi flagrado pela polícia numa reunião que tinha o objetivo de combinar novos ataques a ônibus na cidade de São Paulo. E quem estava presente ao encontro? Justamente o então deputado. Havia nada menos de 13 membros do PCC no local.

Moura é um ex-presidiário condenado a 12 anos de cadeia por assaltos à mão armada. Não cumpriu a pena porque fugiu. Padilha gostava dele, eu publico uma série fotos da presença dele no aniversário de Moura, em São Paulo, no ano passado. A intimidade é total, vejam que bilu.

Assim Haddad prepara o terreno para disputar a reeleição, quem sabe tendo Gabriel Chalita, do PMDB, como vice, com o apoio do ubíquo Gilberto Kassab, do PSD. Vai que dê certo pra eles e errado pra São Paulo. Aí não adianta ficar esperando dos céus um sinal de Deus. Há coisas que nem Ele perdoa.

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