Quase todos os brasileiros sabem que o governo Temer acabou

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2017 13h14

Solenidade de diplomação da presidente reeleita Dilma Rousseff e do vice Michel Temer Valter Campanato/Agência Brasil ABR Solenidade de diplomação da presidente reeleita Dilma Rousseff e do vice Michel Temer

Com o começo do julgamento do pedido de cassação da chapa formada em 2014 por Dilma Rousseff e Michel Temer, o Tribunal Superior Eleitoral começará finalmente a encenar o desfecho de uma novela produzida, dirigida e protagonizada por vilões.

A ação promovida contra a dobradinha vitoriosa na última eleição foi ideia de Aécio Neves. Não porque se sentia vítima de práticas ilegais. Mas, como assumiu em conversa gravada por Joesley Batista, ele queria apenas “encher o saco” dessa gente que andava tirando sarro do candidato derrotado. A molecagem deu no que deu.

Passados dois anos e meio, o senador Aécio Neves está com o mandato suspenso, pode ser preso e está condenado à morte política. Vai repousar em um jazigo vizinho ao ocupado por Dilma Rousseff, despejada do Planalto pelo impeachment. E logo ambos terão a companhia de Michel Temer.

Antes das delações da Odebrecht e da JBS, Temer argumentava que não poderia ser punido pelo que fez a parceira de chapa. Depois dos espantos desse outono, está claro que o prontuário do vice só não supera o da titular e a folha corrida, essa sim insuperável, de Lula. Este sabe fazer o diabo para manter-se no poder, mesmo usando o nome de outra pessoa.

Temer luta inutilmente para prorrogar o prazo de validade de um governo que acabou.

Todos os brasileiros sabem disso, com exceção dos bebês de colo, dos indígenas isolados na selva amazônica, dos doidos de hospício, da família Temer e, claro, de Gilmar Mendes.

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