Rússia insiste em chamar atual governo ucraniano de fascista e desmente morte de soldado

  • Por Jovem Pan
  • 18/03/2014 17h38

Mais um dia de história sendo escrita a toque de caixa e também a sangue na crise Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou o tratado de anexação da Crimeia. A Ucrânia e boa parte da comunidade internacional consideram ilegal essa anexação, alegando que a região não pertence à Rússia, apesar do referendo de domingo, no qual 96% dos eleitores disseram “sim” à anexação.

Segundo o comentarista da Jovem Pan, Caio Blinder, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que um soldado foi morto em uma base na capital da Crimeia, atacada por militantes pós-russos. Versão desmentida por Moscou, capital russa. Na cidade, o clima era de celebração.

“No seu discurso, Vladimir Putin disse que a Crimeia era um símbolo das glórias russas. Um discurso com muita propaganda e a versão russa da história nesta crise que levou à deposição do governo pró-russo em Kiev, no mês passado”, disse o comentarista.

De acordo com Caio Blinder, Moscou insiste em rotular o governo interino da Ucrânia de fascista. Dirigentes internacionais rebatem com o argumento de que a anexação da Crimeia viola a lei e reforçam o apoio ao atual governo ucraniano.

“Eleições gerais serão realizadas em maio e na semana que vem, Barack Obama, e os demais dirigentes do G-7 terão uma reunião em Haia, na Holanda, para discutir a crise. Putin rejeita as crises ocidentais e acusa o ocidente de hipócrita, dizendo que violação da lei internacional foi a invasão do Iraque em 2003. E o presidente russo foi longe na sua narrativa histórica, dizendo que, há séculos, a Rússia é intimidada por países ocidentais e, especialmente depois do fim da Guerra Fria, tem sido desrespeitada”, contou Blinder.

O comentarista falou ainda que existe a promessa de novas punições à Rússia. Confira o comentário completo de Caio Blinder no áudio acima.

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