Ucrânia recebe injeções de apoio moral, político e econômico

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 28/03/2014 14h40

Vladimir Putin chega ao Kremlin nesta sexta para reunião com altos postos militares. Com a derrota na Assembleia Geral da ONU EFE/Alexey Druzhinin / Ria Novosti Vladimir Putin chega ao Kremlin de Moscou

A Ucrânia recebeu algumas injeções de apoio moral, político e econômico. Em Washington, a Câmara e o Senado aprovaram legislação para expandir as sanções contra a Rússia, por causa da anexação da Crimeia, e dar assistência às autoridades interinas em Kiev, Ucrânia. Assistência, leia-se, US$ 1 bilhão. As eleições gerais ucranianas estão marcadas para 25 de maio. Caio Blinder, correspondente Jovem Pan em Nova Iorque, comenta a ajuda ocidental à Ucrânia e o desenrolar da crise.

O deputado americano Eric Cantor, líder da maioria republicana na Câmara, disse que “o Congresso deve estar preparado para extrair um custo significativo do comportamento russo”. Já o senador democrata Chris Murphy opinou que “a Rússia invadiu a Ucrânia acreditando que não sofreria consequências. Os votos no Congresso provam que Moscou está errada”, adverte Murphy.

A segunda injeção vem por parte do FMI, que concordou em emprestar até US$ 18 bilhões no país para evitar seu colapso econômico. Em troca, a Ucrânia terá que fazer dolorosos cortes orçamentários. Adiante, está a liberação de mais fundos. No total, a Ucrânia receberá US$ 27 bilhões do Fundo Monetário. Já existem pequenas injeções de ajuda financeira por parte de União Europeia e governo americano.

Outra vitória, diplomática e moral, da Ucrânia se deu na Assembleia Geral da ONU. Foi feita uma resolução não vinculativa, de valor simbólico, apoiando a integridade territorial do país e declarando não válido o referendo que levou à anexação da Crimeia pela Rússia. A resolução passou por 100 votos a 11, com 58 abstenções, entre elas a do Brasil

Em uma declaração digna de jornal satírico, o diplomata russo na ONU Vitaly Churkin considerou este um bom resultado para o governo russo. “Nós tivemos uma vitória política e moral”, disse ele. 

Por vitória política e moral da Rússia, entende-se o apoio dos seguintes países, entre os quais alguns dos mais imorais do mundo: Armênia, Bielorrússia, Bolívia, Coreia do Norte, Cuba, Nicarágua, Sudão, Síria, Venezuela e Zimbábue.

 

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