Aperto das finanças particulares por causa de gastanças públicas marcam começo do ano, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2016 13h03
Marcos Santos/ Usp Imagens crise economica e falta de dinheiro

 O ano novo começa com elevado índice de desemprego, ameaça de impeachment de Dilma Rousseff e ações contra Eduardo Cunha. Os próximos meses ainda deverão ser marcados pela continuação das investigações da Operação Lava Jato e pela luta contra a inflação.

E o que mais se pode esperar de 2016, o ano da Olimpíada do Rio de Janeiro?

Em entrevista à repórter Izilda Alves, o cientista político Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas responde: “Eu acho que o Brasil tem saída, mas não vai ser encontrada pelos governantes, mas pelos próprios brasileiros. As instituições brasileiras não estão indo bem, tem crise no judiciário, no executivo, no legislativo, tem crise nos estados, veja a situação calamitosa da saúde pública no Rio de Janeiro e em outros estados”.

O especialista prevê instabilidade política e incertezas econômicas: “Temos uma situação de instabilidade política, econômica, de incertezas e a possiblidade de manifestações sociais que já estão se anunciando, tanto a favor da situação quanto contra. Então 2016 será um ano muito tenso para todos os brasileiros, terá um aperto das finanças particulares dado às gastanças das finanças públicas. Teve um gasto enorme do governo com programas que nem sempre correspondem às expectativas e ainda tem uma inadimplência muito grande dos setores privados, tanto pequenas e médias empresas, quanto dos consumidores. A situação vai ser complicada, com o desemprego e com a inflação em alta, nós temos uma situação bem complexa, sem possibilidade de intervenção do governo, porque o governo está paralisado. Quando você não tem autoridade em termos de manter a palavra governamental até mesmo as boas notícias tornam-se péssimas”.

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