Com herança negativa, queda do IBC-Br em 2016 deve ser semelhante à de 2015

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2016 09h26
Brasil, São Paulo, SP. 13/04/2010. O economista Alexandre Schwartsman, do Grupo Santander Brasil, participa dofórum de mercados emergentes, realizado no espaço Itaú Cultural, em São Paulo - Crédito:EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:79880 EPITÁCIO PESSOA / Agência Estado Alexandre Schwartsman

 O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) traz uma herança negativa para 2016 com queda na casa dos 3,5%, é o que afirma o economista e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman: “Tudo indica que a queda deste ano será parecida com a queda de 2015. (Os anos) Vão ser gêmeos, a dificuldade é saber qual será o gêmeo malvado”.

Schwartsman critica o governo ao afirmar que enquanto nada for feito, a crise só deve aumentar: “Como um governo que tem o histórico que tem vai promover o ajuste fiscal? Como um partido que passou a vida inteira lutando contra a reforma vai apoiá-la? (…) Ninguém faz nada para combater a crise e ela vai se aprofundando”.

O economista acredita que, apesar da provável queda do PIB em 2016, ela deve ser menor que no ano passado e não vê um reaquecimento da economia em breve: “Vai ter uma queda menor do PIB provavelmente. Já tivemos algo próximo de 4% no passado. O PIB não vai continuar caindo 4% por ano para sempre, deve crescer um pouco ano que vem, mas não é uma recuperação, ele vai parar de cair”. Schwartsman alerta para a falta de perspectiva e diz que mesmo as estatais, como a Petrobras, não têm atualmente as condições de promover um reaquecimento econômico.

Ao comparar a gestão do novo presidente da Argentina com a do Brasil, Schwartsman diz que o País também precisaria de alguém capaz de virar o jogo: “Na Argentina, um novo presidente que chegou já nos dois primeiros meses está tentando fazer tudo que é possível. Vai ter muita dificuldade, a herança lá também é muito ruim, mas dá uma perspectiva, dá um alento e isso a gente não tem”.

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