Desvalorização do câmbio já surte efeito em produtos importantes para exportação

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2016 11h40
Cresce exportação de grãos por contêineres pelo Porto de Paranaguá. Foto: Divulgação Imprensa/ GEPR Exportação

 Com desvalorização do câmbio e recessão, balança comercial brasileira fecha 2015 com superávit de US$ 19,7 bilhões. Este foi o maior saldo desde 2011, quando as exportações superaram as importações em US$ 29,7 bilhões. O país recuou aos níveis de 2009, com importações alcançando US$ 171,5 bilhões e as exportações, US$ 191,1 bilhões.

O secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, diz à repórter Luciana Verdolin que o resultado se deve, entre outros fatores, ao real mais barato: “O saldo positivo é função direta da desvalorização cambial, que já começa a surtir efeitos em alguns produtos importantes para a nossa pauta de exportações, como aviação e veículos”. Godinho destacou que o milho foi um dos grandes destaques nas exportações do país ao longo do ano passado.

O economista Fábio Silveira afirma ao repórter Anderson Costa que, apesar da recessão ter colaborado, o resultado é positivo: “Aquelas cadeias produtivas dedicadas à exportação como o agronegócio e a mineração tiveram, em 2015, um desempenho em reais melhor comparativamente”. Para Silveira, a desvalorização do real deve provocar um superávit ainda maior na balança comercial neste ano de 2016.

Entre os segmentos que tiveram maiores quedas nas importações estão insumos para combustíveis, produtos químicos e peças para veículos.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.