Diante da incidência de zika, síndrome de Guillain-Barré avança no Nordeste

  • Por Jovem Pan
  • 29/12/2015 12h45
RECIFE, PE - 09.09.2015: AUMENTO DE CASOS DE DENGUE ? Larvas de Aedes aegypti na quarta fase de evolução. (Foto: Diego Herculano /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 992063 Folhapress dengue

Síndrome de Guillain-Barré avança no Nordeste diante da incidência do zika vírus e reforça cuidado da população contra o Aedes aegypti. É mais uma doença que se propaga no verão pela picada do mesmo mosquito, além da dengue, febre chikungunya e consequências como a microcefalia.

Guillain-Barré leva o sistema de defesa da pessoa a atacar o próprio corpo e, nos casos extremos, os músculos do diafragma param de funcionar.

Em entrevista ao repórter Marcelo Mattos, o neurologista Acary Oliveira ressaltou os principais sintomas da síndrome. “Infecção virótica, alguns dias depois fraqueza muscular de caráter ascendente, como pés e pernas, e sem reflexo à investigação neurológica, eu tenho que pensar em Guillain-Barré”

O Ministério da Saúde confirma o avanço dos casos de Guillain-Barré, mas não existem dados nacionais porque a notificação não é compulsória.

O neurologista Leonardo Camargo lembra que a síndrome não é transmitida apenas pelo zika, mas por epidemias virais e bacterianas: “sempre existe uma sazonalidade, logo depois de períodos muito quentes onde tem muita diarréia, ou períodos muito frios onde tem muita infecção de vias aéreas, eu vejo um aumento da incidência do número de portadores desta síndrome”.

A incidência considerada normal da síndrome de Guillain-Barré ocorre de um a quatro casos por 100 mil habitantes. No Nordeste, foram confirmados 165 casos com maior ocorrência na Bahia e em Pernambuco; No Rio de Janeiro, há suspeita sendo analisada.

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