Endividamento de famílias mostra que retomada do consumo não será tão rápida

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2016 08h01
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Dinheiro

Expansão tímida do endividamento das famílias brasileiras mostra que a retomada do consumo no País não será tão rápida.

O índice aumentou 0,2% de agosto para setembro, atingindo 58,2%. A taxa teve uma alta inexpressiva, porém, o resultado esperado para o mês era de queda nesse indicador.

O economista da Confederação Nacional do Comércio, Bruno Fernandes, disse ao repórter Victor La Regina que as condições freiam uma recuperação mais ágil do setor.

“Temos mercado de trabalho ainda fraco, com alta taxa de desemprego e queda da renda. Temos ainda um patamar de inflação ainda alto e taxa de juros em patamar mais alto também, que impactam negativamente sobre o poder de compra das famílias”, explicou.

A situação ruim do mercado de trabalho é apontada como o principal obstáculo para a retomada da confiança do consumidor.

O economista da Boa Vista Serviços, Flávio Latife, apostou em uma melhora do consumo no final deste ano: “vamos ter nos próximos meses deste ano um mercado d etrabalho ainda muito ruim. Diria que existe possibilidade de retomada de consumo mais sustentável, mas isso vai demorar ainda um pouquinho”.

Os dados revelados pela Confederação Nacional do Comércio indicaram que a inadimplência é outra preocupação.

O percentual registrado em setembro, de 9,6%, foi maior tanto na comparação mensal quanto na anual.

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