Frio em 2016 já soma 113 vítimas em SP

  • Por Jovem Pan
  • 28/06/2016 08h43
São Paulo - Maria Ivani dos Santos Lima dorme nas ruas do centro de São Paulo enfrentando temperaturas próximas a 0°, Praça Ramos, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Morador de rua - AGBR

 Já são 113 as vítimas do inverno que mal começou no estado de São Paulo. O dado foi revelado durante o debate da Comissão de Direitos Humano da ALESP.

A conselheira do Conselho, Maria Nazareth Cupertino, lembra que o estado não tem uma política para lidar com os moradores de rua: “O que matou 113 pessoas é a ausência de política pública, é isso que mata, a ausência do Estado”.

Albergues sem chuveiro, espaços para receber famílias, mas que não aceitam casais homoafetivos, falta de ventilação. Esses problemas foram relatados pelo representante da Pastoral do Povo da Rua como a realidade dos albergados em São Paulo. O padre Júlio Lancellotti lembra que não há uma visão metropolitana para tratar os problemas: “A questão entre Guarulhos e São Paulo é muito tênue, ente São Paulo e Osasco é muito tênue. Precisamos ter uma visão metropolitana”.

A coordenadora de proteção social especial da prefeitura da capital, Isabel Bueno, nega que faltam vagas em albergues: “Essa afirmação é recebida por alguns, inclusive alguns parceiros, com certa desconfiança. Desde o início das baixas temperaturas, em nenhuma das noites atingimos a capacidade total”.

Em relação às críticas feitas à ausência e uma política estadual para o setor, a representante do governo paulista defendeu que executivo repassou R$ 64 milhões para os municípios investirem em assistência social ao longo de 2016.

Reportagem: Fernando Martins

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