Inadimplência contribui para permanência da bandeira vermelha na conta de luz

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2015 14h36
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Energia Elétrica

 Desde que o governo determinou o uso das bandeiras nas contas de energia elétrica, a bandeirinha vermelha se mostrou uma realidade pesada na conta. Mas na terça-feira (03/11), a Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou um possível alívio para os bolsos. Com a chuva que não para de cair no sul do país, é possível encher os reservatórios das usinas hidrelétricas e fazer com que as térmicas não precisem ficar acionadas.

Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, a mudança de bandeiras dificilmente será colocada em prática no tempo estimado pela ANEEL – que seria entre abril e maio do ano que vem. Ele explica que, além das chuvas, outros fatores influenciam na determinação da cor das bandeiras, como a inadimplência, que no momento é alta e está sendo discutida na justiça: “Inúmeras empresas entraram com medidas judiciais, questionando as cobranças que estavam sendo feitas por conta de um desarranjo institucional que chegou ao setor. Com isso, a inadimplência cresceu muito, e o peso sobre os agentes que estão pagando a conta ficou muito alto. Com todas essas inseguranças, eu diria que é prematuro afirmar peremptoriamente que as bandeiras serão suspensas”.

A cor da bandeira fica impressa nos boletos das contas de luz. Se for verde, a situação está normal e não há cobrança de taxa. Já com a amarela, é realizada uma cobrança de R$ 2,50 para cada 100 kWh de energia consumidos.

Porém, desde o início deste ano, é a bandeira vermelha que vigora no país, o que significa um acréscimo de R$ 4,50 para cada 100 kWh consumidos.

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