Aluno que sofreu injúria racial na FGV diz esperar expulsão de autor do crime

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 06h16
Reprodução/Redes Sociais Também estudante da GV, Gustavo Metropolo tirou uma foto de João e compartilhou em um grupo de WhatsApp com a frase: “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”

No dia 9 de março, João Gilberto de 25 anos, aluno do segundo ano do curso de Administração Pública da Faculdade Getúlio Vargas, em São Paulo, foi alvo de um ato racista no fumódromo da instituição.

Também estudante da GV, Gustavo Metropolo tirou uma foto de João e compartilhou em um grupo de WhatsApp com a frase: “Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”.

A vítima registrou boletim de ocorrência por injúria racial e disse que vai entrar com um processo de danos morais.

João Gilberto, natural da cidade de Rio Claro, disse que já havia sofrido preconceito na escola e que dessa vez quer a expulsão de Gustavo da faculdade: “eu fiquei chocado, abalado, não esperava. Eu tinha recebido ligação da coordenação, falando para comparecer na coordenação. Eu não esperava. Fiquei chocado quando vi aquele print. Não só eu como a maioria dos alunos espera a expulsão. Ele foi suspenso por três meses. A congregação foi antecipada para abril e a Justiça que vai determinar”.

Em instituições de ensino como a GV, o Estado de São Paulo registra um caso de injúria racial a cada cinco dias, segundo dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo.

Márcio Elias Rosa, secretário estadual de Justiça e Defesa da Cidadania, explicou quais as sanções que Gustavo o autor do crime, pode sofrer: “aquele que pratica injúria racial fica sujeito a pena de reclusão de um a três anos. Quem pratica crime de racismo fica sujeito a pena de dois a cinco anos. Quem pratica um destes dois fica ainda sujeito a indenização por danos morais”.

Em março do ano passado, alunos da FGV denunciaram professores de Economia e Administração por declarações racistas e machistas durante as aulas.

Segundo o Diretório Acadêmico, uma comissão de ética da coordenadoria da faculdade foi aberta para apurar as denúncias e definir punição para os docentes

*Informações do repórter Victor Moraes

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