Apesar de dificuldades, há trajetória de recuperação, diz ex-BC sobre déficit abaixo da meta

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2018 08h48 - Atualizado em 30/01/2018 08h49
Reprodução/Youtube Fecomercio Reprodução/Youtube Fecomercio Para Alexandre Schwartsman, “nossa incapacidade de levar adiante reformas permanece como vulnerabilidade”

A recuperação das receitas no segundo semestre fez o Governo Central encerrar 2017 com déficit consideravelmente abaixo da meta de R$ 159 bilhões. No ano passado, Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social registraram déficit primário de R$ 124,401 bilhões. O déficit é 24,8% inferior ao resultado negativo de R$ 161,276 bilhões registrado em 2016 descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Mas o Governo não comemora, pois isso veio de um corte pesadíssimo de investimentos, receitas extraordinárias, e há receio quanto ao cumprimento da regra de ouro, reforma da Previdência dificilmente vai sair.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central Alexandre Schwartsman disse que, “apesar de todas as dificuldades, há uma trajetória de recuperação da economia”.

Segundo o economista, a retomada continua “mais sujeita a chuvas e trovoadas do lado político do que do lado econômico”. Para ele, “nossa incapacidade de levar adiante reformas permanece como vulnerabilidade”.

“Se não começarmos a fazer reformas, a partir de 2020 a coisa fica insustentável. Em algum momento o Governo vai se sentir tentado a aumentar imposto. Tem preocupações que não são para 2018 e são para 2019. Então está certa a equipe do Ministério da Fazenda em chamar atenção para isso (…) Em algum momento essa bomba vai estourar”, disse.

Confira a entrevista completa com o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central Alexandre Schwartsman:

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