Após interdição de presídio no RS, secretário de Segurança vê dificuldade para cumprir decisão judicial

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2017 07h23 - Atualizado em 17/11/2017 11h32
Rodrigo Ziebell/SSP Schirmer criticou o poder Judiciário por não ter dialogado com ele antes de determinar a interdição e disse ser contra a judicialização

O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, destacou que a sua pasta não cumprirá imediatamente a decisão judicial que determinou a contratação de médico e a implementação de cozinha no módulo II da Penitenciária Estadual de Canoas.

As duas exigências foram feitas pela magistrada que interditou parcialmente o local na última terça-feira. Segundo o secretário, a situação da falta de médicos é recorrente no SUS para toda a sociedade e não é possível solucionar o problema a curto prazo na instituição penal.

Com relação a implementação de cozinha na penitenciária, Schirmer aponta que não há falta de comidas no local, pois a alimentação está sendo levada do presídio central para Canoas.

Além disso, ele justifica que não é possível possuir uma cozinha de um dia para o outro. Também rebateu a informação de que não há plano de ocupação para a penitenciária e que todos os passos para seguir o modelo previsto, com apenados mantidos nas celas e não em galerias, estão sendo seguidos.

Schirmer criticou o poder Judiciário por não ter dialogado com ele antes de determinar a interdição e disse ser contra a judicialização.

Ele destacou ainda que decisões judiciais devem ser cumpridas, ou devem ser encaminhados recursos.

A juíza Patrícia Fraga Martins disse que foi surpreendida com a nota emitida pelo secretário pois acredita que as demandas apresentadas não são tão exigentes.

*Informações do repórter Sandro Sauer

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