Após ser ofendido por senador, Marun revida com ofensa e ameaça: “ele que se cuide”

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2017 08h43
Marcelo Camargo/Agência Brasil "Chamei ele de vira-lata, vagabundo, patife, porcaria. Mas, mais do que isso, infelizmente não vou fazer, não pude fazer", disse Marun

Após o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamar o relator da CPI Mista da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), de “lambe-botas” do presidente Michel Temer durante depoimento do procurador Ângelo Goulart Villela, o peemedebista voltou a se manifestar contra a ofensa.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Marun chamou Randolfe de “safado” e disse que o senador da Rede estava na CPMI para atrapalhar o andamento da comissão. “Desde o início ele luta para que não sejam investigadas as circunstâncias controversas que envolvem o acordo de delação [da JBS]. O que eu vou fazer? Se eu bato nele sou covarde. Chamei ele de vira-lata, vagabundo, patife, porcaria. Mas, mais do que isso, infelizmente não vou fazer, não pude fazer. Mas ele que se cuide, meu gurizinho embarca de Campo Grande e aí a coisa pode ficar mais feia para esse safado”.

Questionado se não faltava “vergonha na cara” por fazer ameaças a um senador em plena entrevista para a imprensa, Marun disse que “vergonha na cara é não se sentir confortável com ofensa como essa”.

“Cidadão me chamou de ‘cão de guarda do Temer’, ‘lambe-botas’. Vocês acham que político, para ser bonitinho, bonzinho, tem que gostar disso e achar perfeito. A Câmara dos Deputados é a representação do povo brasileiro”, disse. “Lá tem gente diet. Eu não sou diet. As pessoas querem exaltar o homem diet, que não tem coragem, não tem posição, não tem determinação, que fala o que os outros querem ouvir. Eu não sou diet, claro que me senti ofendido, e acho que a gente que se sente ofendido tem que reagir com ofensa. É o jeito que eu penso que as coisas devem acontecer”, completou.

Denúncia será votada na quarta em plenário

O parecer do relator Bonifácio de Andrada, que recomenda o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco será votado no próximo dia 24, quarta-feira, no plenário da Câmara.

Linha de frente do presidente, Marun evitou falar do número de votos a favor do Governo e afirmou que é preciso “falar do day after no day after”.

“Vai ser repelida [a denúncia], não tenho a mínima dúvida. Se vamos vencer de 2 a 0, 3 a 0, 4 a 0, 5 a 0 eu ainda não sei, mas acredito que devemos ter vitória ainda maior do que tivemos na última votação”.

Sobre as retaliações faladas nos bastidores para aqueles que não votarem com o Governo, o deputado Carlos Marun negou qualquer punição, e destacou que se trata de definir quem é ou não pertencente à base governista.

Confira a entrevista completa:

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