Após vitória em plebiscito, oposição venezuelana anuncia greve geral para quinta (20)

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2017 07h22 - Atualizado em 18/07/2017 09h27
EFE Governos de Alemanha, Espanha, Canadá e México reconheceram os resultados do plebiscito e pediram para Maduro reconsiderar a convocação da constituinte

Oposição da Venezuela anuncia greve geral de 24 horas na próxima quinta-feira (20) e promete intensificar os protestos contra Nicolás Maduro.

O momento é positivo para os opositores, que conseguiram uma vitória em uma consulta popular no último domingo (16). O plebiscito informal contou com a participação de 7 milhões e 186 mil pessoas.

O número representou 36% de todo o eleitorado do país e é superior à quantidade de votos recebidas por Henrique Capriles, candidato da oposição na última eleição presidencial de 2013.

98,4% dos eleitores rejeitaram a realização de uma assembleia constituinte, convocada por Maduro para o próxima dia 30 de julho. Até os opositores se surpreenderam positivamente com o resultado.

O deputado Freddy Guevara anunciou, com muito entusiasmo, em um comício nesta segunda-feira (17), uma paralisação geral de 24 horas. O opositor disse que a greve será um mecanismo de pressão e preparação para enfrentar o que ele chamou de “fraude constitucional”.

Guevara pediu novamente a suspensão da Constituinte, convocada por Maduro para o último domingo do mês, dia 30 de julho.

A consulta popular deixou um outro reflexo: o aumento da pressão de outros governos ao regime chavista, como ressaltou o professor de Relações Internacionais da USP, Alberto Pfeifer. “Embora não tenha legalidade formal, tem legitimidade popular. Dá força à oposição e respalda manifestações de governos preocupados com a escalada autocrática na Venezuela”, explicou.

Governos de Alemanha, Espanha, Canadá e México reconheceram os resultados do plebiscito e pediram para Maduro reconsiderar a convocação da constituinte.

O Brasil também se pronunciou. Em nota, o Itamaraty disse que a consulta mostrou a inequívoca vontade dos venezuelanos de pronta restauração do Estado Democrático de Direito e pediu que o governo chavista cancele o processo de Assembleia Nacional Constituinte.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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