Assessor de Temer preso por suspeita de corrupção é exonerado

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2017 06h31

Palácio do Planalto "bateu picos de gastos com publicidade" e estas despesas aumentaram 65% de um ano para o outro Valter Campanato/Agência Brasil Palácio do Planalto - Ag. Brasil

O presidente Michel Temer exonerou nesta terça-feira (23) o ex-vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, presidente do PMDB no DF, que foi preso durante a Operação da Polícia Federal que investiga denúncias de superfaturamento de 150% na obra de reforma do Mané Garrincha.

Filippelli ocupava o cargo de assessor especial de Temer e despachava diretamente com ele no 3º andar do Palácio do Planalto.

A operação teve como base as delações premiadas da Andrade Gutierrez, que foi responsável pela obra, que foi orçada inicialmente em R$ 600 milhões. No final, o custo chegou a mais de R$ 1,5 bilhão, o maior valor gasto em todo o País.

Segundo as investigações, o superfaturamento pode ter consumido R$ 900 milhões.

Foram presos também os ex-governadores Agnelo Queiroz do PT, cujo vice na época era exatamente Tadeu Filippelli, e o ex-governador José Roberto Arruda, que já havia sido preso e condenado a 3 anos por falsidade ideológica ao forjar recibos para justificar pagamento de propina. Outras 7 pessoas também foram detidas.

Ao todo, algo em torno de R$ 60 milhões foram bloqueados pela justiça. Dois escritórios de advocacia foram alvo de busca e apreensão.

O advogado Luis Carlos Alcoforado, que foi supostamente acusado de ter recebido R$ 600 milhões que deveriam ser repassados à Agnelo Queiroz, negou as acusações: “eu acho que eele se apropriou de recurso interno da empresa e explicou a situação jurídica econômica para colocar alguém como bode expiatório”.

O deputado Federal, Rogério Rosso do PSD do DF, que no ano passado foi presidente da comissão de impeachment na Câmara, também foi citado na delação.

Nesse caso, como ele tem foro privilegiado, o caso foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República. Rosso foi governador do DF depois da cassação do então governador José Roberto Arruda. O mandato tampão foi de 8 meses.

Em nota, ele disse estar consternado e indignado com a citação e garantiu que a vida pública sempre foi pautada pela ética e conduta conforme a lei. O deputado ainda explicou que não teve acesso a qualquer tipo de informação.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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