Áudios de executivos da JBS causam indignação de ministros do Supremo

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2017 06h27 - Atualizado em 06/09/2017 11h48
BRA101. BRASILIA (BRASIL), 08/06/2017 - Fotografía con múltiples exposiciones del presidente del Tribunal Superior Electoral, Gilmar Mendes, quien participa hoy, jueves 8 de junio de 2017, en el tercer día del juicio por supuesta corrupción en la campaña presidencial que compartieron en 2014 la destituida Dilma Rousseff y el actual mandatario Michel Temer, en el Tribunal Superior Electoral, en Brasilia (Brasil). Esta tercera sesión lleva al proceso a su fase decisiva, pues servirá para terminar de resolver cuestiones preliminares formuladas por las defensas y dará paso al voto de los siete magistrados, que configurará la sentencia. EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Mendes fez duras críticas: “trabalho malfeito é sempre arriscado"

Bem que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se antecipou e tentou explicar aos ministros do Supremo a bomba que seria revelada em seguida, a gravação de Joesley Batista, jogando dúvidas sobre ministros e procuradores, mas as relações estão estremecidas.

A reação foi de indignação. O ministro Marco Aurélio disse que fica mal se não houver o esclarecimento dos nomes dos ministros, já que o dono da JBS falou de forma genérica sobre o STF.

O silêncio da indignação só foi quebrado pela fala de Gilmar Mendes, que, de Paris, considerou o acordo de colaboração como o pior momento da história da PGR.

Ele chegou a dizer que, se houve erro, foi do Supremo, em não colocar limites nos “delírios” de Janot. Mendes fez duras críticas: “trabalho malfeito é sempre arriscado. Imaginar que se vai fazer jogo de esperteza… o caso específico sugere arranjos, mutretas, para obter aquele resultado”.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, foi comunicada em primeiro lugar do conteúdo das quatro horas de gravação e exigiu investigações. “Ontem [terça-feira], o procurador-geral da República veio à público relatar fatos que ele considerou gravíssimos e que envolveriam o STF e seus integrantes. Agride-se de maneira inédita na história do País a dignidade institucional deste Supremo Tribunal e de seus integrantes. Impõe-se com transparência absoluta, urgência, prioridade e presteza a apuração clara, profunda e definitiva das alegações”, disse.

A delação agora é do relator, ministro Edson Fachin, sobre a revisão do acordo com a JBS. A defesa de Michel Temer vai entrar com pedido de anulação de todo o conteúdo da delação.

Nem houve tempo para comemoração, a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro já foi homologada e pode ser usada na nova denúncia contra o presidente, que deve ser apresentada por Rodrigo Janot.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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