BNDES decide trocar membros do Conselho da JBS e quer participar da escolha de nova diretoria

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2017 08h41 - Atualizado em 15/09/2017 11h57
BRA111. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE O banco é o segundo maior acionista da companhia e detém, hoje, uma fatia de 21% no capital

O BNDES decidiu trocar membros do Conselho Administrativo da JBS e quer participar do processo de escolha da nova diretoria. O banco é o segundo maior acionista da companhia e detém, hoje, uma fatia de 21% no capital.

A instituição pode indicar dois membros para o Conselho de Administração da empresa. Atualmente, uma das cadeiras está vaga e a única representante é a advogada Claudia de Azeredo Santos.

Em evento do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, o presidente do BNDES garantiu que a mudança não tem relação com as prisões dos irmãos Batista.

Falando ao repórter Rodrigo Viga, Paulo Rabello de Castro ressaltou que é preciso preservar a companhia e os benefícios trazidos para o Brasil: “nós não vamos polemizar sobre a ‘fulanização’ de um processo que eu disse sobre a administração dos altos interesses do povo brasileiro em uma empresa que cresceu em benefício do povo”.

Segundo o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, as trocas já eram planejadas há quatro meses.

A pesquisadora de mercado de capitais da USP, Érica Gorga, afirmou que as mudanças serão bem recebidas pelos investidores: “no médio e longo prazo que é onde devemos virar é com certeza positivo. Mas que as estabilidades no curto prazo são momentâneas”.

A pesquisadora Érica Gorga avalia que a instabilidade será superada, assim que a JBS definir o sucessor de Wesley Batista.

Em audiência de custódia, o executivo declarou que não sabe porque está preso e que o único crime cometido foi assinar o acordo de delação: “sinceramente, Excelência, eu não sei que crime eu cometi”.

Wesley Batista disse, ainda, que todos os procedimentos adotados pela JBS estão de acordo com que é praticado no mercado financeiro.

Nesta quinta-feira, a defesa dos irmãos Batista entrou no Tribunal Regional Federal com um pedido de liberdade para os empresários.

*Informações do repórter Vitor Brown

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