Com inflação galopante, confronto político deve se acirrar na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2016 12h52
CAR01. CARACAS (VENEZUELA), 16/01/2016.- Vista de unos estantes parcialmente vacíos en un abasto hoy, sábado 16 de enero de 2016, en la ciudad de Caracas (Venezuela). Venezuela, con las mayores reservas probadas de petróleo del mundo, se declaró en emergencia económica para atender la situación del país que después de un año de opacidad reveló una inflación interanual de 141,5 por ciento -la más alta de toda su historia-, y una contracción del 4,5 por ciento. EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ EFE Crise de abastecimento é generalizada no país.

 A Venezuela continua enfrentando um impasse político entre governo e oposição, além de uma inflação de 140% ao ano e PIB em queda acentuada. A república bolivariana encara ainda um valor cada vez mais baixo para o petróleo, seu principal produto de exportação. O presidente Nicolás Maduro pediu união nacional enquanto baixou decreto de emergência econômica que dá mais poderes ao executivo.

O professor de relações internacionais da Unesp, Luís Fernando Ayerbe, acha difícil isso acontecer com um lado constantemente atuando contra o outro: “O governo por um lado tentando esvaziar o poder do Congresso e a oposição tentado esvaziar o poder de Maduro em cima de um contexto que não é favorável ao presidente”.

Apesar de já ter entrado em vigor desde sexta-feira (15/01), o decreto deve ser referendado pelo parlamento, com maioria da oposição. O doutor em geografia pela USP, Alberto Pfeifer, afirma a Tiago Muniz que o regime de Maduro tende a perder sustentação com a economia em frangalhos: “A principal sustentação do populismo bolivariano tem sido a transferência de renda para certos setores da população. Isso, nesse momento parece inviável. Com a inflação galopante, desabastecimento generalizado, tudo isso enfraquece mais ainda o regime de Maduro. Essa confrontação com o legislativo, com a oposição tende a se acirrar”.

O aperto de cintos econômico deve incluir a elevação do preço da gasolina que, subsidiada pelo governo, era uma das mais baratas do mundo. O preço do barril de petróleo deve ter quedas maiores com o retorno iminente do Irã ao mercado internacional com o fim das sanções diplomáticas.

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