Conselho da Caixa se reúne nesta sexta-feira para aprovar novo estatuto

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2018 06h38
José Cruz/Agência Brasil Faixa de unidade da Caixa Econômica Federal O novo estatuto deverá determinar o fim das indicações políticas para cargos de direção

O novo estatuto da Caixa Econômica Federal deverá ser aprovado nesta sexta-feira (19) em Brasília durante reunião do conselho de administração do Banco. As novas regras seguem o que determina a nova lei das estatais, aprovada pelo Congresso no ano passado e sancionada pelo presidente Michel Temer.

O novo estatuto deverá determinar o fim das indicações políticas para cargos de direção. A reunião de hoje foi marcada exclusivamente para definir as novas regras.

Só na semana que vem é que a situação dos quatro vice-presidentes afastados deverá ser analisada. Dentro do Governo, a sinalização é de que dificilmente eles retornam aos cargos. Existe inclusive a possibilidade de mudanças nas outras vice-presidências, o que está causando um verdadeiro rebuliço dentro da base aliada que não quer perder espaço no banco.

Em meio às denúncias de interferência política dentro da Caixa, a área econômica se posiciona contra a capitalização do banco com recursos do FGTS como proposto pelo Governo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta que nos próximos dias deverão ser apresentadas alternativas que não passem pela utilização de recursos do trabalhador.

Segundo o ministro, uma das alternativas pode ser a venda de carteira de crédito a outras instituições e a transferência de dividendos pagos à União.

Do México, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, criticou a recomendação do Ministério Público de afastamento dos supostos envolvidos em atos de corrupção: “a Caixa entra período e sai período está sempre em situação de pré-falência. Estava na hora de se fazer uma melhora na sua gestão, mas não dessa forma com interferência do MP e do Judiciário”.

Rodrigo Maia só esqueceu de explicar que, na verdade, o Governo ignorou a recomendação do Ministério Público. Só definiu pelo afastamento depois de uma recomendação formal do Banco Central.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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