Cúpula do G20 é oportunidade para líderes discutirem soluções de maneira colaborativa

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2017 10h33 - Atualizado em 07/07/2017 11h15
EFE Cúpula do G20 em reunião em Hamburgo, na Alemanha

A cúpula do G20 está reunida nesta sexta-feira (07) para reunião entre os líderes dos países-membro e a expectativa é de que assuntos comerciais e assuntos climáticos. No entanto, há também a abertura para que se discutam temas que fazem parte da agenda de muitas nações, como é o caso da questão a respeito da Coreia do Norte.

Em entrevista exclusiva a Denise Campos de Toledo, o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, destacou que esta é a primeira oportunidade de colocar líderes, alguns deles recém-eleitos, como é o caso de Donald Trump e Emmannuel Macron, para terem uma “conversa franca, face a face, honesta, em um grupo”.

“É uma conversa aberta. Não se pode esperar que daqui saia alguma solução. Pelo menos ter uma primeira conversa. Espero que saia da reunião o espírito de encontrar soluções de maneira colaborativa, senão vamos entrar em uma dinâmica difícil de se reverter”, disse.

Azevedo, que já participou de cúpulas das 20 grandes economias mundiais, entretanto, ressaltou sobre a possibilidade de assuntos políticos serem tratados durante a reunião. “Não é da agenda, mas acontece. Em várias situações a agenda é capturada por temas que, no momento, estão com mais relevância”, explicou. “Não pode desperdiçar esse momento. Eles devem aproveitar as oportunidades para tratar de assuntos prioritários da maior parte das agendas deles”, completou.

Também em entrevista a Denise Campos, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, tratou sobre a posição do País na reunião do G20. “O Brasil está caminhando na linha da sua política comercial tradicional. Agora, eu diria com uma visão mais liberal do comércio. O Itamaraty está retomando negociação com uma série de parceiros, intenção do Mercosul de acordos com a União Europeia”, exemplificou.

Sobre a crise política no País e se há interferência na reunião, Amaral crê que não há indicação de que ela vá interferir em projetos de expansão. “As negociações comerciais têm curso próprio ditado pelos interesses dos países, pelos projetos em curso. Não vejo nenhuma manifestação de inquietação no que diz respeito a projetos e negociações comerciais”, afirmou.

Confira a entrevista completa com Sergio Amaral no áudio abaixo:

 

Confira a entrevista completa com Roberto Azevedo abaixo:

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