Dallagnol pede renovação política e afirma que “ainda tem muito a acontecer” na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2017 08h33 - Atualizado em 06/10/2017 08h33
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Deltan Dallagnol Segundo ele, existem desdobramentos, áreas da Petrobras que não foram exploradas, ações contra políticos a serem propostas, avaliação de programas de compliance que não funcionaram, acordos, dinheiro a ser recuperado

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o procurador da força-tarefa da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol afirmou que é preciso uma renovação do Congresso Nacional nas próximas eleições para que o combate à corrupção seja levado adiante.

“Além de atuar em Curitiba, a Lava Jato tem trabalho de lançar sementes em todo o País. É a corrupção e não o combate a ela que prejudica o País (…) A minha resposta para quem tem desesperança é que nós podemos conseguir a redução da corrupção, mas isso depende de nós e temos a oportunidade de fazer isso em 2018. Esse Congresso não passará reformas contra a corrupção, vamos colocar um Congresso que aprove medidas contra a corrupção”, disse.

Deltan Dallagnol defendeu ainda que os eleitores votem em políticos comprometidos com a integridade, com os valores democráticos e que apoiem o pacote anticorrupção, votado na calada da noite e desmontado no final do ano passado. “Isso pode fazer a mudança no nosso futuro”, destacou.

Sobre o fim da Lava Jato e a afirmação do juiz federal Sérgio Moro, que disse que ela estava acabando, o procurador do MPF ressaltou que isso é mais um desejo de quem está cansado de tantas operações, investigações e do tamanho da operação do que necessariamente algo palpável.

Segundo ele, existem desdobramentos, áreas da Petrobras que não foram exploradas, ações contra políticos a serem propostas, avaliação de programas de compliance que não funcionaram, acordos, dinheiro a ser recuperado: “ainda tem muito a acontecer”.

Com maior visibilidade por conta das operações da Lava Jato, Deltan Dallagnol vem sendo assediado para participar de campanhas e, eventualmente, se tornar um político. Questionado se iria para esse campo ele descartou, por ora, e afirmou estar focado em ajudar a sociedade com o andamento da maior operação contra corrupção no País.

Confira a entrevista completa:

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