Decisão da Alerj não interfere no andamento do processo contra peemedebistas, diz procuradora

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2017 09h00 - Atualizado em 17/11/2017 12h41
Reprodução/GloboNews A procuradora ressaltou que é visão do Ministério Público que a Alerj não pode decidir sobre o afastamento ou não dos envolvidos, mas apenas sobre a prisão

Decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (17) não interfere com o andamento do processo e não deve afetar questão do afastamento dos deputados Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB. A afirmação foi feita pela procuradora regional da República, Silvana Batini, que atuou no julgamento que determinou a prisão dos três.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, a procuradora ressaltou que é visão do Ministério Público que a Alerj não pode decidir sobre o afastamento ou não dos envolvidos, mas apenas sobre a prisão.

“A Procuradoria Regional da República tem investigação e chegou à constatação de crimes graves envolvendo deputados estaduais, doleiros, empresários e auxiliares. Entendemos que esse crime configura organização criminosa, a mesma à qual pertence o ex-governador do Estado Sérgio Cabral, e que ela continua operando. Isso configura flagrante delito e a prisão é a única forma de tentar parar esse crime”, justificou Batini sobre a prisão dos peemedebistas. “Precisa ter coragem da Justiça e responsabilidade por parte dos políticos no enfrentamento dessa questão”, completou.

Questionada se a presença de Sérgio Cabral no presídio de Benfica, no RJ, não permitiu que a organização criminosa continuasse atuando, a procuradora foi categórica: “essa foi a posição do Ministério Público”.

“Desde o início sustentamos que nessa espécie de crime os líderes da organização devem ser afastados do cenário que a organização criminosa atua. Mas essa organização criminosa não tinha um chefe só, era como uma hidra, um bicho de sete cabeças. A Operação Cadeia Velha buscou outra liderança na pessoa de Jorge Picciani”, finalizou.

Confira a entrevista completa com a procuradora da República, Silvana Batini:

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