Déficit habitacional acarreta vandalismo e empobrecimento, segundo ministro

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2017 06h48
Brasília - O Ministro das Cidades, Bruno Araújo concede entrevista a imprensa (Domingos Tadeu/Agência Brasil) Domingos Tadeu /  Agência Brasil Bruno Araújo

Ministro das Cidades analisa que combate ao déficit habitacional no Brasil acarreta aspectos negativos como: empobrecimento da população, degradação e vandalismo. Atualmente, segundo a pasta, são cerca de 6 milhões de pessoas sem moradia no País.

Bruno Araújo participou do seminário “Moradia e Espaço Público: uma discussão do Minha Casa Minha Vida”, promovido pela Fundação FHC.

De acordo com o ministro, empreendimentos mais recentes, que se aproximam de mil ou mais unidades, colaboram, também, para outra presença desfavorável: “é desses empreendimentos serem tomados por milícias”.

Por isso, a pasta das Cidades estuda limitar o tamanho dos ambientes dos conjuntos habitacionais construídos pelo programa do Governo federal, relatou o ministro Bruno Araújo.

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, pontuou que este problema não é exclusivo do Brasil. “Eu morava na França nos anos 1960 e havia o mesmo programa, que aumentava a criminalidade, isolado da cidade”, disse.

Diretora da Companhia de Desenvolvimento Habitacioanl e Urbano, Elisabeth França, observa que o embaraço é visto logo na seleção de quem recebe o benefício do Minha Casa Minha Vida. “Isso também precisa ser refinado. O subsídio precisa ir para quem precisa”, afirmou.

Durante o seminário muitas críticas sobre a distância dos empreendimentos de centros urbanos, uma contradição dos projetos habitacionais em relação às construções. Muito se questionou também sobre o saneamento básico, são 100 milhões de brasileiros sem tratamento adequado, indicou o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.

*Informações do repórter Felipe Palma

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