Demora em impeachment dificulta efetivação de medidas contra a crise

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2016 07h16

Palácio do Planalto "bateu picos de gastos com publicidade" e estas despesas aumentaram 65% de um ano para o outro Valter Campanato/Agência Brasil Palácio do Planalto - Ag. Brasil

Primeiros meses do Governo Michel Temer são marcados por um discurso econômico diferente e por mais aceitação dos principais líderes do setor. Mesmo assim, a demora no processo de impeachment dificulta a efetivação de medidas específicas para lidar com um período de crise.

Esse atraso prejudica a aprovação de propostas para equilibrar as contas públicas e impulsionar a economia.

O professor de Finanças do IBMEC, Gilberto Braga, enalteceu a tendência do Governo Temer de manter um relacionamento melhor com o Congresso. “O Governo atual é muito mais direto. Tem uma equipe que goza de prestígio e reputação. neste sentido, as medidas são muito mais sólidas e há expectativa de maior boa vontade”, afirmou.

O economista Roberto Troster também elogiou as escolhas de Michel Temer para os cargos de primeiro escalão na economia. Mas ainda cobra mais vontade dos políticos e critica o atual ritmo de crescimento do País: “falta alguém com vontade de ganhar, de fazer acontecer. Brasil tem tudo, recursos, capacidade ociosa, mercado externo positivo. Pior que acabar combustível, é colocar combustível ruim”.

Os economistas advertiram, no entanto, que o aperto de cintos deve continuar e incluir corte de gastos no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios. Ou então a previsão do FMI vai se concretizar, e um aumento impostos será inevitável.

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