Denúncia contra Temer: governistas veem arquivamento como certo, mas oposição não admite derrota
Após aprovação do parecer na CCJ, Governo e oposição se preparam para a votação da segunda denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara.
O relatório do deputado Bonifácio de Andrada recomenda o arquivamento das acusações pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Além do presidente, os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha também são alvos da denúncia.
O texto será votado na quarta-feira no plenário da Câmara e serão necessários ao menos 342 votos para que a investigação vá ao Supremo Tribunal Federal. Se isso acontecer, Temer será afastado do cargo por 180 dias, mas o governo segue otimista e já dá a vitória como certa.
Para o deputado Carlos Marun, um dos principais aliados do presidente, o placar será ainda mais folgado do que na votação da primeira denúncia: “a oposição não tem nem perto dos votos necessários para promover o afastamento do presidente”.
Na votação da primeira denúncia no plenário da Câmara, a vitória de Temer foi pelo placar de 263 a 227.
Falando ao repórter Arthur Scotti, o deputado Carlos Zarattini, do PT, acusa o presidente de usar decretos e projetos de lei para agradar os parlamentares: “vocês viram agora o decreto que regulamentou, ou na prática desregulamentou a fiscalização do trabalho escravo, com o único objetivo de agradar um pequeno grupo, o dos ruralistas”.
O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, preferiu não calcular votos e evitou prever um placar para a votação da próxima quarta-feira. Se o plenário rejeitar o prosseguimento da denúncia, Michel Temer só poderá ser processado após o fim do mandato de presidente da República.
*Informações do repórter Vitor Brown
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