Dia Internacional da Mulher: diferença salarial, sexismo e violência são principais temas na Europa

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 08/03/2018 09h57
EFE/Antonio Lacerda EFE/Antonio Lacerda Não tem nada de dar parabéns ou entregar rosas, como faziam os mais anacrônicos

Na Europa, o Dia Internacional das Mulheres é celebrado cada vez mais como uma causa política.

Não tem nada de dar parabéns ou entregar rosas, como faziam os mais anacrônicos.

Os temas dessa data entre as europeias são sexismo, violência sexual e, no Reino Unido, principalmente, diferença salarial.

Uma das principais centrais sindicais britânicas, a TUC, informa que, na prática, as mulheres do Reino Unido têm que trabalhar 67 dias de graça por causa da diferença salarial entre gêneros. Na média, as britânicas ganham 18% a menos que seus colegas homens exercendo a mesma função.

Na Grã-Bretanha, todas as empresas com mais de 250 funcionários são obrigadas a divulgar relatórios sobre a diferença entre os salários pagos para homens e mulheres.

A emissora estatal, a BBC, inclusive se envolveu em um grande escândalo quando ficou claro que jornalistas da empresa ganhavam até três vezes mais que suas colegas em posições semelhantes.

Na Espanha, está sendo realizada nesta quinta-feira (08) a primeira greve feminista do país, também em protesto às diferenças salariais.

As principais mulheres na política do país, Manuela Carmena, prefeita de Madri, e Ada Colau, prefeita de Barcelona estão apoiando o movimento.

A ideia da paralisação também é chamar a atenção para a violência física contra as mulheres. No ano passado foram 49 feminicídios causados por companheiros ou ex-companheiros, um número expressivo, sem dúvidas, mas que desconfio ser bem inferior ao registrado no Brasil.

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