Diante de eleição imprevisível, Amazônia parece vulnerável mais uma vez, aponta jornal londrino

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 17/01/2018 09h41
Elza Fiúza/Agência Brasil Amazônia O jornal londrino Financial Times traz uma longa e interessante reportagem sobre o Brasil nesta quarta-feira (17). Infelizmente, como vocês podem imaginar, o tema não é muito positivo

O jornal londrino Financial Times traz uma longa e interessante reportagem sobre o Brasil nesta quarta-feira (17). Infelizmente, como vocês podem imaginar, o tema não é muito positivo.

A chamada na capa fala o seguinte: “Votos por árvores. A Amazônia paga o preço da crise política brasileira”.

O texto relata como o desmatamento da Amazônia tem avançado nos últimos anos e pondera que a fragilidade no quadro político brasileiro representa novos riscos para a maior floresta tropical do mundo.

O Brasil vai enfrentar sua eleição mais imprevisível em décadas e a Amazônia parece vulnerável outra vez, escreve o Financial Times.

O jornal ressalta que o desmatamento na região norte do Brasil está bem longe do pico alcançado em 2004. Um gráfico mostra como o problema avançou nos anos entre os governos de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso até alcançar o patamar mais alto no primeiro governo Lula, antes de começar a cair vertiginosamente.

O Brasil parecia perto de cumprir metas ambiciosas de controle do desmatamento, até que os anos catastróficos de Dilma Rousseff inverteram essa tendência.

O Financial Times aponta que embora o ano passado tenha presenciado uma queda no desmatamento da Amazônia, o Governo Temer, em meio a seus escândalos intermináveis de corrupção, adotou medidas que prejudicam a floresta em favorecimento da bancada ruralista, que detém um poder desproporcional em Brasília.

Seja quem for, o próximo presidente vai encontrar um Congresso ainda mais fragmentado, mas certamente o poder da bancada BBB não será menor. O que deixa em aberto o futuro da floresta justamente no momento em que as mudanças climáticas do planeta tem ficado cada vez mais evidentes.

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