Diante de filas, muitas pessoas atravessam cidades em busca da vacina contra febre amarela

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2018 07h10 - Atualizado em 18/01/2018 07h11
Wilson Dias/ABr Wilson Dias/ABr Apesar da vacinação estar recomendada para entornos de áreas de mata, a longa espera já virou rotina em várias unidades básicas de saúde

O medo da febre amarela está fazendo com que algumas pessoas andem quilômetros e atravessem cidades em busca de uma fila menor para a vacina.

Apesar da vacinação estar recomendada para entornos de áreas de mata, a longa espera já virou rotina em várias unidades básicas de saúde.

O analista de TI Rafael Brites Barbosa mora em São Caetano do Sul e trabalha em São Paulo. Ele se prepara para enfrentar os 50 quilômetros que separam a casa dele de Caieiras, onde ouviu falar que a imunização estava mais fácil: “tanto lá em São Caetano quanto em São Paulo está difícil achar lugar que tenha vacina, e onde tem existem filas intermináveis”.

A cidade de Mairiporã decidiu tomar medidas mais duras e não vai mais vacinar moradores de outras localidades.

A administração local disse que o município tem sido invadido nos últimos dias e agora vai exigir comprovante de residência para fornecer o medicamento.

A Prefeitura de Guarulhos, por outro lado, afirmou que a cidade não tem enfrentado tantas filas.

No entanto, o secretário de Saúde, José Sérgio Iglesias Filho, disse que o número de vacinados já supera o público-alvo original: “a expectativa é que estivéssemos algo ao redor de 380 mil vacinados, mas já vacinamos mais de 430 mil pessoas”.

O infectologista Jean Gorinchteyn explicou quem deve procurar a vacina neste momento.

Em entrevista ao “Jovem Pan Morning Show”, o médico do Instituto Emílio Ribas disse que são dois grupos que precisam estar protegidos agora: “neste momento, as pessoas que devem receber prioritariamente a vacina são pessoas que morem no entorno de regiões onde foram encontrados macacos mortos ou regiões em que ocorreram vítimas da febre amarela”.

A cidade de Santo André registrou o primeiro caso de morte suspeita por febre amarela na região do ABC. A família do pedreiro Eli Oliveira Silva, de 56 anos, acredita que ele possa ter se infectado numa viagem ao Mato Grosso do Sul em dezembro.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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