Emenda divide opiniões de policiais militares e civis, mas pode melhorar o atendimento ao cidadão

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2015 12h51
O governador Geraldo Alckmin acompanha o lançamento do Reforço de Policiamento no Morumbi. Data: 10/10/2014. Local: São Paulo/SP. Foto: Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA Edson Lopes Jr./ Divulgação Governo do Estado Polícia Militar do estado de São Paulo

 Representantes das polícias civil e militar brigam em torno de proposta de emenda à constituição que pode mudar atuação dos agentes de segurança. A PEC do deputado federal Subtenente Gonzaga, do PDT de Minas Gerais, prevê que todas as corporações possam fazer o chamado ciclo completo, ou seja, uma mesma força seria responsável pela ocorrência criminal do início ao fim, passando pela prevenção, repressão e investigação.

O deputado estadual Coronel Camilo, do PSD de São Paulo, ex-comandante da PM paulista, diz que a medida beneficia o cidadão: “Hoje a gente sabe que o cidadão não é bem atendido quando vai ao distrito policial. Falta policiamento nas ruas porque muitos dos policiais estão dentro dos distritos apresentando ocorrências”.

Por outro lado, associações de policiais civis são contra PMs terem a atribuição de investigar crimes. O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, George Melão, questiona como vai ser feita a apresentação de ocorrências: “Se eles assumirem o ciclo completo como eles querem, quem vai registrar a ocorrência? O policial militar? Onde? No meio da rua? Ou vai levar para o quartel?”.

A Câmara dos Deputados tem promovido audiências públicas nos estados para discutir os aspectos da PEC do ciclo completo de polícia. Na Assembleia Legislativa paulista, representantes civis e militares preferiram não se misturar, ficando separados por uma faixa vermelha no auditório.

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