Encontro do G20 na Argentina discute regulamentação de moedas digitais

  • Por Jovem Pan
  • 20/03/2018 06h36 - Atualizado em 20/03/2018 09h28
Reprodução Ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo discutiram sobre as expectativas em torno da regulamentação do Bitcoin

A primeira reunião do G20 realizada em um país da América do Sul teve como uma das principais pautas as criptomoedas.

Entre os temas tratados nesta segunda-feira (19), em Buenos Aires, na Argentina, ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo discutiram sobre as expectativas em torno da regulamentação do Bitcoin.

No domingo (18), o presidente do Conselho de Estabilidade Financeira, Mark Carney, destacou que as moedas digitais não representam riscos econômicos ao mundo.

O ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, ressaltou que não há orientação para regulamentar no momento as criptomoedas: “não havendo uma regulamentação, não quer dizer que seja proibido, significa que, no momento, não ha nenhum tipo de limitação a criptomoeda. Mas na medida em que haja normatização, aí sim o mercado no Brasil será orientado por isso”.

Meirelles afirmou também que Brasil está monitorando a ação de outros países quanto ao uso das moedas digitais.

Para Rodrigo Borges, presidente da comissão de empreendedorismo e startups da OAB de Pinheiros, é preciso ter cuidado com o discurso de regulamentação das criptomoedas: “quando falamos da regulação devemos ter cautela, porque é algo novo cujas funcionalidades estão sendo conhecidas a cada dia”.

Borges destacou ainda que países desenvolvidos não incidem tributos sobre moedas digitais por entenderem que os avanços tecnológicos trazem benefícios à sociedade.

Também nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou uma ordem bloqueando todas as operações realizadas com moedas digitais ou tokens da Venezuela.

A decisão ocorre após o governo de Nicolás Maduro lançar o “petro”. Trata-se de uma criptomoeda estatal lastreada no preço do petróleo com o objetivo de driblar as sanções internacionais.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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