Europeus terão de apresentar autorização para trabalhar no Reino Unido

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2017 09h21
EFE Nesta quinta-feira (17), os jornais londrinos afirmam que os europeus não vão precisar de visto para entrar no Reino Unido como turistas. Mas quem quiser ficar para trabalhar vai precisar de autorização, ao contrário do que acontece atualmente

As negociações do Brexit continuam a todo vapor, mas elas seguem naquele ritmo do “tudo certo, nada resolvido”. O que dá margem para toda sorte de especulação na imprensa britânica.

Nesta quinta-feira (17), os jornais londrinos afirmam que os europeus não vão precisar de visto para entrar no Reino Unido como turistas. Mas quem quiser ficar para trabalhar vai precisar de autorização, ao contrário do que acontece atualmente.

Isso não quer dizer que os europeus vão passar pela mesma burocracia que os cidadãos do Brasil, por exemplo. O nosso passaporte é considerado um documento de segunda classe – é esse o termo usado.

Porque embora os brasileiros não precisem de visto de turismo para entrar no Reino Unido, sempre se corre o risco de ser barrado na imigração por um agente que não se satisfez com as explicações apresentadas.

Além disso, para um brasileiro conseguir o direito de trabalhar em território britânico é preciso enfrentar uma enorme burocracia, entre elas ter uma oferta de emprego que nenhum britânico poderia ocupar, pelo menos em tese, resumindo é muito difícil, só uma minoria minúscula conta com esse privilégio.

Mas se essas mesmas regras forem aplicadas para os europeus, a economia britânica vai sofrer um duro golpe. O setor de serviços, sobretudo aqui em Londres, é dominado por espanhóis, portugueses, poloneses, italianos, a conhecida mão de obra barata que faz o trabalho que os locais não estão dispostos a fazer.

Por causa disso, o governo britânico reconhece que vai ser bem flexível com a entrada de europeus no país mesmo depois do Brexit, que terá início formal em março de 2019. Agora, o que certamente deve ocorrer é que os europeus vão perder os direitos de receber benefícios sociais, por exemplo, como acontece hoje.

A ficha da Grã-Bretanha vai caindo a cada dia mais forte em relação ao tamanho da encrenca que é o Brexit e já está muito claro que se a separação não vai ser a catástrofe que muita gente previu, também não trará toda autonomia que muita gente sonhava. Todos os lados vão ter que ceder consideravelmente em suas exigências.

Confira as informações do correspondente da Jovem Pan em Londres, Ulisses Neto:

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