Fernando Segóvia, novo diretor-geral da Polícia Federal, toma posse nesta segunda (20)

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2017 06h53 - Atualizado em 20/11/2017 10h50
Reprodução Reprodução Fernando Segóvia vai suceder o diretor-geral mais longevo da Polícia Federal. Leandro Daiello ocupava o cargo desde 2011 e já manifestava vontade de deixar o posto

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, toma posse nesta segunda-feira (20) de manhã, em Brasília. Ele foi escolhido na semana passada pelo presidente Michel Temer para suceder a Leandro Daiello.

Fernando Segóvia é delegado e trabalha na Polícia Federal há 22 anos. Foi superintendente regional da corporação no Maranhão e adido policial na África do Sul, uma função diplomática junto à embaixada brasileira.

Além disso, ganhou notoriedade dentro do órgão quando coordenou a adequação da Polícia Federal ao Estatuto do Desarmamento.

Ao assumir, Segóvia disse que o primeiro objetivo dele é aumentar as equipes de delegados para investigar inquéritos que estão no Supremo Tribunal Federal. Hoje, são 15 delegados trabalhando em mais de 150 inquéritos. A maioria deles, abertos após as delações dos executivos da Odebrecht.

Fernando Segóvia destacou a necessidade de aumentar esse efetivo: “em razão do elevado número de investigações, há a necessidade de reforço de delegados para que a gente pudesse, no menor prazo possível concluir as investigações que se encontram no STF”.

A Diretora da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal em São Paulo, Tânia Prado, falou sobre o número insuficiente de delegados nas investigações: “em todo o País há delegados que não dispõem de equipes de investigação. Há um desfalque de efetivo no País inteiro”.

A escolha de Fernando Segóvia foi bem recebida pela classe política. Ele foi apoiado pelo ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. Quando trabalhava no Maranhão, ele tinha proximidade com políticos locais, como o ex-presidente José Sarney. Por isso, a escolha também recebeu críticas por acontecer em meio à Lava-Jato.

Mas o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, não vê Segóvia como uma ameaça à operação: “a pessoa que ele nomeou par o Paraná é delegado conhecido, não acredito em nenhum retrocesso”.

Fernando Segóvia vai suceder o diretor-geral mais longevo da Polícia Federal. Leandro Daiello ocupava o cargo desde 2011 e já manifestava vontade de deixar o posto.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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