Ferraço pede ao STF para “abrir mão” de foro: “quem não deve não teme, e não treme”

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2017 08h23
Brasília - O senador Ricardo Ferraço durante reunião da Comissão de Assuntos Sociais do Senado para discutir a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017). Senadores decidiram adiar a leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço para a próxima semana.(Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil "Sou crítico contumaz e permanente do foro privilegiado, que tem se revelado ao longo dos anos e da história recente em uma ferramenta para potencializar a impunidade", disse Ferraço

Parlamentares alvos da Lava Jato pediram ao Supremo Tribunal Federal para “abrir mão” do foro privilegiado. Desta forma, inquéritos com base na delação de executivos da Odebrecht seriam submetidos a primeira instância. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foram os que pediram ao Supremo.

A Procuradoria-Geral da República, responsável pelos pedidos de investigação, afirmou que o foro de Lorenzoni é “irrenunciável”, mas não se manifestou sobre o senador peemedebista.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Ferraço confirmou o pedido ao STF e disse querer ser julgado como qualquer cidadão brasileiro. “Quem não deve não teme, e não treme. Sou crítico contumaz e permanente do foro privilegiado, que tem se revelado ao longo dos anos e da história recente em uma ferramenta para potencializar a impunidade (…) É necessário que eu tenha um discurso e uma prática, por isso oficializei ao STF o pedido para que eu tenha meu foro quebrado, para que eu possa ser julgado como qualquer cidadão brasileiro”, disse.

PSDB no Governo e caso Aécio Neves

O senador Ricardo Ferraço disse manter o discurso de que o seu partido deve desembarcar do Governo. “Lamentavelmente o PSDB continua com cargos no Governo a pretexto de reformas que não pertencem a Governo algum, mas ao Estado brasileiro”, afirmou.

Sobre a presidência do partido ainda com o licenciado senador Aécio Neves, o companheiro de partido destacou que não há condições do ex-candidato à Presidência da República de permanecer no cargo. “Evidentemente que ele tem todo o direito a sua defesa e presunção de inocência, mas sua permanência como presidente é absolutamente insustentável. Trabalho com a expectativa de que na primeira semana de agosto teremos um desfecho com a eleição de um novo presidente ou a condição de Tasso Jereissati de permanecer”, explicou.

Confira a entrevista completa:

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