Força Nacional de Segurança chega ao Ceará para ajudar no controle de rebeliões

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2016 13h36
Brasil, Recife, PE, 18/02/2014. Vista do Complexo Prisional do Curado, antigo Presídio Aníbal Bruno, localizado no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife (PE). Os detentos da unidade Frei Damião de Bozzano iniciaram uma greve de fome. Policiais do Batalhão de Choque foram acionados, mas não chegaram a entrar na unidade. De acordo com a Secretaria Estadual de Ressocialização (Seres), a situação está sob controle. Familiares dos presos alegam que a greve de fome seria um protesto contra a chegada do novo chefe de segurança da unidade, conhecido como Jocemar e que seria da equipe do antigo diretor da Penitenciária Agroindustrial de Itamaracá, Ricardo Pereira, transferido após rebelião de detentos realizada na semana passada e que terminou com dois presos mortos e oito feridos. - Crédito:Diego Nigro/JC IMAGEM/AE/Código imagem:158706 Diego Nigro / Estadão Conteúdo Rebelião

 Homens da Força Nacional de Segurança chegaram a Fortaleza nesta quinta-feira (26) atendendo ao pedido do governador do Ceará, Camilo Santana. A tropa saiu da cidade de Gama, no Distrito Federal, em dois ônibus e 20 viaturas. Segundo o Ministério da Justiça, os homens devem permanecer no Ceará por um prazo de 15 dias prorrogáveis.

A tropa atuará no sistema carcerário no apoio à recuperação das estruturas das unidades prisionais destruídas pelos detentos e no controle de rebeliões. A Força Nacional de Segurança é formada por profissionais das polícias militares, polícias civis, corpos de bombeiros e órgãos de perícia forense. Essa tropa oferece cooperação de reforço à segurança pública em qualquer ponto do País, com apoio de efetivo dos estados.

As rebeliões do Ceará ocorreram durante e após a greve dos agentes penitenciários. Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania, a motivação dos conflitos foi a suspensão das visitas nas unidades prisionais. De acordo com a Polícia Militar, os detentos quebraram cadeiras, grades, armários e queimaram colchões em diversos presídios, e 500 presos já foram transferidos de penitenciárias após os locais terem sido destruídos nas rebeliões.

A Secretaria da Justiça e Cidadania confirmou a morte de 18 presos durante as rebeliões ocorridas nos presídios cearenses no fim de semana. Do outro lado, o juiz corregedor dos presídios, César Belmino, informou na segunda-feira que o número de mortes chega a 26. Oito corpos tiveram a identificação revelada e outros 10 serão submetidos a exames de DNA.

Na madrugada desta quarta-feira, um grupo de presos fugiu de um presídio em obras na Grande Fortaleza com auxílio de escadas, cordas e andaimes, segundo agentes penitenciários.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça e ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, determinou a busca de informações junto ao Judiciário e ao Governo do Estado sobre a situação atual e os encaminhamentos feitos até o momento.

Reportagem: Fernando Martins

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