Impasse em negociação com EUA adia assinatura de acordos da Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2016 09h58
SP - LAVA JATO/ODEBRECHT - GERAL - Fachada do prédio da Odebrecht, na região oeste da cidade de São Paulo,na manhã desta sexta-feira (14). O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal, em Brasília, aceitou nesta quinta-feira, 13, denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira mulher do petista, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais oito por suposto esquema de favorecimento à Odebrecht no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Todos passam à condição de réus. Os 11 réus responderão à ação penal por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. A Lula também é atribuído crime de tráfico de influência. 14/10/2016 - Foto: MARIVALDO OLIVEIRA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Marivaldo Oliveira/Estadão Conteúdo Odebrecht - AE

Impasse em negociação com os Estados Unidos adia assinatura de acordos de delação premiada e de leniência da Odebrecht com a Lava Jato.

A multa a ser paga pela empreiteira deve ser dividida com os governos brasileiro, suíço e norte-americano. Mas os membros do Departamento de Justiça dos Estados Unidos querem uma fatia maior do valor, estimado em cerca de R$ 6 bilhões.

Dessa forma, a assinatura dos acordos, antes prevista para esta quarta-feira, ainda será iniciada.

Após a assinatura das delações, os membros do alto escalão da Odebrech terão que prestar depoimentos ao MPF para confirmar as informações. Por envolver quase 80 executivos, a previsão é que os acordos só sejam enviados para homologação do Supremo Tribunal Federal no ano que vem.

Ainda na Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro voltou a ouvir testemunhas de acusação contra Lula no processo do tríplex, no Guarujá. Mais uma vez houve bate-boca entre os advogados do ex-presidente e o juiz Sérgio Moro devido à pertinência das questões.

Questionado sobre a nomeação de Paulo Roberto Costa, para uma diretoria da Petrobras, o delator Pedro Corrêa afirmou que o cargo tinha fins políticos.

Durante a oitiva, o ex-deputado federal disse que o objetivo do Partido dos Trabalhadores com a nomeação era faturar. Além de Pedro Corrêa, estavam previstos outros três depoimentos, mas o de Nestor Cerveró foi transferido para esta quinta-feira (24).

Ainda foram inquiridos o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

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