Inadimplência estabiliza, mas fecha dezembro com 60 milhões de brasileiros negativados

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2018 07h15
USP Imagens A parcela de famílias endividadas, no Brasil, aumentou durante a pandemia do coronavírus Levantamento do SPC Brasil mostra que praticamente a metade da população entre 30 e 39 anos está inscrita nos serviços de proteção ao crédito

Inadimplência estabiliza em 2017, mas fecha dezembro com 60 milhões de brasileiros negativados.

Levantamento do SPC Brasil mostra que praticamente a metade da população entre 30 e 39 anos está inscrita nos serviços de proteção ao crédito. A Região Sudeste concentra o maior número de consumidores nessa situação, 25 milhões, cerca de 38% da população.

A economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explicou que o volume recorde deverá cair em 2018: “a gente está sim saindo da crise e vemos dados bem positivos. Agora é indicador que tem defasagem em relação à melhora da economia. Porque demora para inadimplência cair uma vez que mercado de trabalho começa a melhorar”.

Chama a atenção a parcela com idade entre 40 e 49 anos, 48% estão negativados, e os consumidores entre 25 a 29, 46% estão inadimplentes.

O economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, lembrou os fatores que levaram à inscrição no Serviço de Proteção ao Crédito: “quase três anos de grandes dificuldades, mais a explosão do desemprego e queda de renda, isso afetou muito as famílias e a inadimplência subiu fortemente”.

A estabilidade é comemorada pelo varejo, mas o Brasil fechou dezembro com 40% da população entre 18 a 95 anos com o CPF restrito.

Em termos proporcionais, o destaque negativo é a região Norte do País, que tem 5,4 milhões de devedores, cerca de 46% da sua população.

*Informações do repórter Marcelo Mattos

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